Deputado Amauri Ribeiro, suspeito de envolvimento nos atos golpistas, têm buscas organizadas pela PF.

Nesta manhã de terça-feira, dia 29 de agosto, a Polícia Federal comandou a 15º fase da Operação Lesa Pátria, que consiste em um conjunto de investigações sobre financiadores, participantes e organizadores de atos golpistas no Brasil, relacionados aos ataques do dia 08 de janeiro de 2023, em Brasília. A PF cumpre dois mandados de busca e apreensão contra o deputado Amauri Ribeiro, no município Piracanjuba, em Goiânia, Goiás.

Em nota, a Polícia Federal comentou que os fatos investigados podem constituir delitos como crime de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido e crimes da lei de terrorismo.

Em junho deste ano, o deputado solicitou ao STF - Supremo Tribunal Federal que recusasse qualquer pedido de prisão contra ele em um documento encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes. Isso ocorreu depois que o jornal O Globo publicou que a PF iria requisitar a prisão do parlamentar após o mesmo ter compartilhado um depoimento sobre financiar os acampamentos bolsonaristas em frente a quartéis do Exército.

"Eu também deveria estar preso. Eu ajudei a bancar quem estava lá. Pode me prender, eu sou um bandido, eu sou um terrorista, eu sou um canalha, na visão de vocês. Eu ajudei, levei comida, levei água e dei dinheiro. Eu acampei lá e também fiquei na porta porque sou patriota", comentou Ribeiro na tribuna da Assembleia Legislativa de Goiás.

Com um termo de esclarecimento, o deputado comentou que conversou com outros parlamentares e disse que não considerava infratores quem estavam acampados nos ambientes militares em Goiânia. "Por questões humanitárias levei água e alimentos para os mais carentes que estavam lá".

Ana Carolina Pavan