Inadimplência cresce em 30% dos brasileiros em agosto.

De acordo com a CNC - Confederação Nacional do Comércio, 12% das pessoas que participaram da pesquisa não têm condições de pagar suas dívidas, o maior índice desde o início da pesquisa, que começou em 2010.

Em agosto de 2023, os dados mostraram que 30% dos brasileiros estavam ou estão com dívidas inadimplentes, número esse que representa quase meio ponto percentual a mais que em julho.

Ainda de acordo com a CNC, pelo menos 12% dos participantes confirmaram a improbabilidade de quitar as dívidas. Em comparação com 2022, essa porcentagem chegou a 10% e a tendência é que continue a aumentar.

Izis Ferreira, economista da CNC, comentou em nota: "A gente viu a Selic começar a cair, mas os juros do mercado ainda seguem em patamar muito alto. Quando a gente olha os juros do cartão de crédito, por exemplo, são juros altíssimos. A gente está falando de algo em torno de 15% ao mês e mais de 440% ao ano no rotativo. Então, isso é que tem levado essas pessoas a apontarem uma maior dificuldade para pagar suas dívidas".

Enquanto os números de inadimplência aumentaram, o endividamento em contrapartida, caiu em comparação de julho, com 78,1% para agosto, com 77,4%.

Inadimplência e Endividamento

É comum a dúvida entre os dois termos, porém, de forma resumida o endividamento acontece quando o consumidor já possui algum compromisso financeiro em aberto, como por exemplo cartões de crédito, financiamento, boletos, empréstimos, parcelas entre outros. Já a inadimplência é quando uma pessoa tem uma ou mais dívidas que já ultrapassaram a data limite para pagamento, mas não foram pagas.

Em relação aos números de endividamento apontados acima, pode ser que a queda esteja relacionada às pessoas que estão comprando ou se arriscando menos na hora de comprometer a renda.

Os principais tipos de dívida são: Em primeiro lugar, com índices preocupantes, está o cartão de crédito, com mais de 85% do total. Em um distante segundo lugar, aparecem as dívidas com as parcelas de carnês, que correspondem a 17% da causa de endividamento dos brasileiros.

Ana Carolina Pavan