Marcelle Decothé é exonerada do cargo de chefe da assessoria especial após ataques na internet.
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Durante o jogo do time São Paulo, a ex-assessora Marcelle Decothé da Silva ofendeu em uma publicação nas suas redes sociais, a torcida com "Torcida branca que não canta, descendente de europeu safade. Pior de tudo pauliste". O MIR - Ministério da Igualdade Racial decidiu pela exoneração de Marcelle, por ofensa.
Com a repercussão da publicação, Anielle Franco, ministra da Igualdade Social, entrou em contato com o presidente do São Paulo e pediu desculpas pelas ações realizadas pela assessora.
A ministra estava no estádio para participar de uma ação governamental contra o racismo no futebol, após tantos casos registrados recentemente. Um protocolo de intenções foi assinado com os ministérios do Esporte e dos Direitos Humanos, da Cidadania e com a CBF - Confederação Brasileira de Futebol, com objetivo de combater efetivamente o racismo no esporte.
O caso ganhou ainda mais repercussão depois que questionamentos foram feitos à ministra para justificar sua ida ao estádio pela FAB - Força Aérea Brasileira, sendo acusada de utilizar recurso público para assistir à final da Copa, indo não profissionalmente e sim como torcedora do Flamengo.
Em defesa, Anielle comentou que usou o avião da FAB como medida econômica de gastos públicos para mobilizar as equipes e que a Copa do Brasil havia sido estrategicamente escolhida para divulgação por causa do número elevado de pessoas presentes e da audiência elevada, sem mérito de quem seria o vencedor.
O líder da oposição, Carlos Jordy, filiado ao Partido Liberal ironizou a situação e comentou que "é só coincidência ela ter ido justo no dia da final sendo ela flamenguista. Ela não pôde ir em momento algum antes disso". O Ministério da Igualdade Racial informou que as ações públicas da servidora não condiz com as diretrizes e políticas do órgão.
Ana Carolina Pavan